Com 1,3 bilhão de pessoas, a China concentra 20,2% da população mundial, em uma área de 9,6 milhões de Km² (terceiro maior país do mundo).
Esses números soam bem, não é? E realmente seriam ótimos se não fosse um problema: 65% da China são montanhas, serras e planaltos altos, só 15% da área do país é arável. Assim, 94% dos chineses moram na porção mais plana, a leste e sudeste.
Este post é para quem gosta de números e de geografia. Quem não gosta, pode ver as fotos novas que eu coloquei no endereço: http://www.ringo.com/profile/olialo.html .
Como geografia é economia, um pouquinho de geografia da China...
Províncias e Regiões da China
Cinco regiões autônomas de minorias étnicas, 22 províncias e quatro municípios sob supervisão do governo: assim é dividida politicamente a China. Além, claro, de Macau e Hong Kong, que são Regiões Administrativas Especiais da China (Sars, na sigla em inglês), e de Taiwan, que não é administrada pelo governo central chinês, mas é considerada parte da China.
Para ficar mais fácil de caracterizar o país, os chineses dividem em quatro macro-regiões, que são maiores que as províncias, definidas por semelhanças geográficas e disponibilidade de recursos.
A primeira região é North China Plain (Planície do Norte da China), a maior e mais plana das macro-regiões, onde fica Pequim e a cidade de Tianjin, que junto com a capital chinesa forma uma metrópole de cerca de 20 milhões de pessoas.
Essa região tem mais de um quarto da área da China, mais de um quarto da população, é responsável por 31% da atividade industrial e 31% das plantações.
A segunda macro-região é Lower Yangtze (Baixo Yangtze, que é o rio mais longo da China e o terceiro mais longo do mundo, atrás do Amazonas e do Nilo), a mais desenvolvida, com 10% da população produzindo 21% do PIB, em uma área de apenas 7% do país.
A terceira macr0-região é a Manchuria, no nordeste. É rica em recursos naturais, concentra as reservas chinesas de minério de ferro, petróleo e carvão, é o centro da indústria pesada do país e, com 9% da população, é responsável por 10% do PIB.
A última macro-região é a Southeast Coast and Far South (Costa Sudeste e Sul), que é considerada uma região "voltada para fora" (outward oriented), o que quer dizer que tem um comércio internacional mais forte. Isso porque a geografia da costa sul da China proporciona melhor acesso. No restante do país é mais difícil encontrar regiões costeiras de fácil acesso, por causa das montanhas e das rochas, então dizem que a economia é "voltada para dentro"(inward oriented), então resta "olhar para próprias necessidades, para o próprio povo".
A macro-região sul também é a terra natal da maior parte dos chineses que foram para o exterior e que hoje formam as tantas "chinatowns" que existem pelo mundo. Por isso, é também uma região com elevado investimento direto estrangeiro (IDE, ou FDI, em inglês), já que os chineses costumam mandar grande parte do dinheiro que ganham em outros países para suas famílias e para investimentos em suas cidades de origem.
Desde a Reforma da China, em 1978, que começou a abrir a economia chinesa, essa macro-região viu fortalecer suas conexões economicas com Hong Kong, Taiwan e o sudeste asiático. Além disso, o governo chinês estabeleceu, entre 1979 e 1980, quatro Zonas Econômicas Especiais para atrair investimentos para a região : Shenzhen (mais perto de Hong Kong), Zhuhai (colada em Macau) e Shantou, na província de Guangdong, e Xiamen, na província de Fujian.
Esses números soam bem, não é? E realmente seriam ótimos se não fosse um problema: 65% da China são montanhas, serras e planaltos altos, só 15% da área do país é arável. Assim, 94% dos chineses moram na porção mais plana, a leste e sudeste.
Este post é para quem gosta de números e de geografia. Quem não gosta, pode ver as fotos novas que eu coloquei no endereço: http://www.ringo.com/profile/olialo.html .
Como geografia é economia, um pouquinho de geografia da China...
Províncias e Regiões da China
Cinco regiões autônomas de minorias étnicas, 22 províncias e quatro municípios sob supervisão do governo: assim é dividida politicamente a China. Além, claro, de Macau e Hong Kong, que são Regiões Administrativas Especiais da China (Sars, na sigla em inglês), e de Taiwan, que não é administrada pelo governo central chinês, mas é considerada parte da China.
Para ficar mais fácil de caracterizar o país, os chineses dividem em quatro macro-regiões, que são maiores que as províncias, definidas por semelhanças geográficas e disponibilidade de recursos.
A primeira região é North China Plain (Planície do Norte da China), a maior e mais plana das macro-regiões, onde fica Pequim e a cidade de Tianjin, que junto com a capital chinesa forma uma metrópole de cerca de 20 milhões de pessoas.
Essa região tem mais de um quarto da área da China, mais de um quarto da população, é responsável por 31% da atividade industrial e 31% das plantações.
A segunda macro-região é Lower Yangtze (Baixo Yangtze, que é o rio mais longo da China e o terceiro mais longo do mundo, atrás do Amazonas e do Nilo), a mais desenvolvida, com 10% da população produzindo 21% do PIB, em uma área de apenas 7% do país.
A terceira macr0-região é a Manchuria, no nordeste. É rica em recursos naturais, concentra as reservas chinesas de minério de ferro, petróleo e carvão, é o centro da indústria pesada do país e, com 9% da população, é responsável por 10% do PIB.
A última macro-região é a Southeast Coast and Far South (Costa Sudeste e Sul), que é considerada uma região "voltada para fora" (outward oriented), o que quer dizer que tem um comércio internacional mais forte. Isso porque a geografia da costa sul da China proporciona melhor acesso. No restante do país é mais difícil encontrar regiões costeiras de fácil acesso, por causa das montanhas e das rochas, então dizem que a economia é "voltada para dentro"(inward oriented), então resta "olhar para próprias necessidades, para o próprio povo".
A macro-região sul também é a terra natal da maior parte dos chineses que foram para o exterior e que hoje formam as tantas "chinatowns" que existem pelo mundo. Por isso, é também uma região com elevado investimento direto estrangeiro (IDE, ou FDI, em inglês), já que os chineses costumam mandar grande parte do dinheiro que ganham em outros países para suas famílias e para investimentos em suas cidades de origem.
Desde a Reforma da China, em 1978, que começou a abrir a economia chinesa, essa macro-região viu fortalecer suas conexões economicas com Hong Kong, Taiwan e o sudeste asiático. Além disso, o governo chinês estabeleceu, entre 1979 e 1980, quatro Zonas Econômicas Especiais para atrair investimentos para a região : Shenzhen (mais perto de Hong Kong), Zhuhai (colada em Macau) e Shantou, na província de Guangdong, e Xiamen, na província de Fujian.