domingo, 4 de novembro de 2007

Esportes, Beyonce e Black Jack

Macau não pára. E como eu vivo aqui, também não paro. Foi assim na última semana, depois de uma semana que já tinha sido de agito total.

De trás para frente, ontem à noite fui à Cerimônia de Encerramento dos 2 Jogos Asiáticos Indoor, que durante 9 dias reuniram aqui em Macau cerca de 4 mil atletas, de 45 países e regiões.

Não sei o número exato de pessoas na cerimônia, mas eu estava na mesa E23, com outras 9 pessoas. Eram cerca de 30 mesas por letra do alfabeto, de A a G. Então calculo umas 2,1 mil pessoas.

O salão, um dos tantos salões do The Venetian, estava lindo. A comida, deliciosa. As apresentações, com destaque para a dança do Vietnã e um grupo do Cazaquistão, também foram surpreendentes.

Tinha também muita gente importante, de países como Arábia Saudita, Vietnã, Irã, Iraque, Malásia, Tailândia, da China, Cingapura, mas ainda não consegui identificar todos os "VIPs" presentes, nem sequer todos de quem tirei fotos!

Depois dos fogos de artifício, que anunciaram oficialmente o fim dos jogos, fui para o show da Beyonce, que também foi no Venetian. Eu nem sou fã, nem nada, mas como conseguimos o convite de graça, vale dar uma olhada, né?! Ao show, fomos eu, Poka, Daniela, Ana, Rita, Damian, Arnaud, Monch, Jaremiah, Tori and Kristian.

Durante o dia, no sábado, tive duas reuniões de grupo da faculdade e um trabalho para fazer. Então acabei não indo assistir aos jogos.

Dias longos em Macau...

Mas, na sexta-feira eu vi vários, um mais diferente do que o outro.

Logo cedo vi uma partida de Kabaddi, Japão X Sri Lanka. Eu nunca tinha ouvido falar de Kabaddi antes, e quem me explicou como é o jogo foi Sirinama Rajapakse, um cingalês (quem nasce no Sri Lanka) que estava do meu lado. Eu gravei a explicação, vou ver se dá pra colocar no blog.

Mas vou tentar explicar: Cada time tem 7 jogadores, que ficam alinhados no fundo da quadra (10m x 12,5 m). Um jogador de um dos times vai até o campo adversário e tenta tocar um dos jogadores. Ele tem que encostar (pode ser com o pé) em um jogador e depois correr de volta para seu campo. Se ele conseguir, ganha um ponto. Se ele tocar, mas algum dos jogadores adversários tocar nele de volta, é o time adversário que ganha o ponto. Basicamente é isso.

Depois do kabaddi, fui assistir Hoop Sepaktrakraw. Hoop Se-pak-ta-kraw, uf....

É um esporte muito popular na Tailândia, e parece uma mistura de basquete com futvôlei. Mas este é uma equipe só de cada vez, e o que eu assisti era Myanmar. Também gravei a explicação, mas desta vez do técnico da seleção de Myanmar.

Caso não consiga colocar aqui no blog, é assim: 6 jogadores, em circulo, tocam a bola um para o outro, não podem usar as mãos. O objetivo é acertar a bola em uma cesta que fica no alto. Podem usar cabeça, pés, joelhos e ombros.

De lá, eu e o Arnaud, que estava comigo, fomos assisir Lion Dance. Primeiro Lion Dance do norte, depois Lion Dance do sul, que são duas modalidades diferentes.

Nos dois casos, dois atletas entram dentro da roupa de leão e têm que fazer o leão dançar ao som da música que o resto do time toca ao lado. No primeiro, o leão tem que subir em estacas altas, pular de uma para a outra. No segundo, são dois leões e um homem, que fazem coreografias e sobem em três mesas (duas na base e uma em cima). É um esporte bonito, mas depois de 2 horas assisitindo, a música (alta, com tambores e pratos) começa a incomodar.

As apresentações que vi foram de Malásia, Cingapura, Indonésia, Hong Kong, Macau e China. Na Lion Dance do norte, Malásia ficou em segundo lugar no geral, Macau em primeiro. Não vi o resultado da do sul, mas fiquei torcendo para a China, que fez uma apresentação muito linda.

Encontramos a Daniela e a Nicole e fomos assistir Kurash, uma espécie de Judô. Vimos lutas de Uzbequistão, Irã, Taiwan, Japão e mais alguns outros.

Depois encontramos mais um monte de nossos amigos no Fisherman's Warf, que é um pedacinho muito lindo de Macau, com restaurantes, algumas lojas e, claro, cassino.

Dentro do Fisherman's Warf, fomos para a Cultural Village, uma vila que a organização dos Jogos Indoor fez para os participantes visitarem e conhecerem um pouco da cultura de Macau, da China e de Portugal.

Lá, um famoso professor de caligrafia de Macau, cujo nome eu ouvi três vezes mas não consigo reproduzir, escreveu meu nome em chinês e o nome do Rodrigo. Vou fazer um quadro quando chegar no Brasil.

E também lá um adivinho leu a minha sorte. Mas essa história eu não vou contar, pelo menos não já. :)

Ilha do Jogo - Parte 2

Depois dos jogos fomos para o Cassino Sands, que é ali do lado. Eu e a Poka ficamos "estudando" as mesas de jogo. Já aprendemos como jogar todos os jogos.

E quanto mais se aprende sobre eles, menos se quer jogar. O único jogo que dá ao "gambler" (apostador) chances de fazer cálculos de probabilidade é o Black Jack. Mas é preciso muita velocidade da matemática para conseguir alguma vantagem.

O Cassino Sands é do mesmo grupo do The Venetian, ligados ao Las Vegas Sands. É um dos cassinos com ambiente mais agradável em Macau, assim como o Wynn e o Crown. Quando digo agradável, quero dizer mais limpo, sem tanto cheiro de cigarro, sem nenhum cheiro de mofo (o que é muito comum nos cassinos mais antigos daqui) e com uma música ambiente boa de ouvir.

Agradáveis ou não, todos os dias, o dia todo, os cassinos de Macau estão lotados. Cheios de gente (95% chineses) ganhando e perdendo - mais perdendo do que ganhando, claro - R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 100 mil a cada segundo.

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Tentei, tentei, tentei, mas não consegui colocar aqui as fotos de tudo o que eu contei acima. Mas coloquei no endereço http://www.ringo.com/profile/olialo.html . Estão nas "fotos recentes", "recent photos".