terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Café com água

Pois é, o café está mesmo caindo no gosto dos chineses. Pena que é o café que tá caindo no gosto dos chineses e não os chineses que estão caindo no gosto do café. É que muitos deles gostam de café com água, então em muitos lugares o café servido é terrivelmente diluido em água, pode?

Mas já dá pra encontrar café bom, de qualidade, forte e sem ser diluido em água. Tanto aqui em Macau como em várias cidades da China.

Essa semana eu fiz um texto sobre café (abaixo) para a Macauhub e, quando pesquisava os dados e falava com gente do ramo, descobri algumas coisinhas interessantes:

- A Starbucks já tem mais de 560 lojas na China (incluindo Taiwan, Macau e Hong Kong)
- Os chineses consomem em 6 meses quase o mesmo tanto de café que o Brasil consome em 1 (uma) semana.
- Brasil, Colômbia e Vietnã são os maiores produtores de café do mundo
- A China produz, mas pouco. Na província de Yunnan, que é em cima do Vietnã, na ilha de Hainan (sul) e nas províncias de Fujian e Guangdong (tb no sul).
- No geral, os chineses não tomam café de manhã, como nós. Tomam mais no meio da tarde.


(saiu na Macauhub)
Café conquista os chineses e a China se vê obrigada a aumentar importações

O café tem conquistado cada vez mais chineses e há quem diga que tem começado a tomar o espaço do tradicional chá. Para o Brasil, essa tendência significa chance para exportar, defende Guilherme Braga Abreu Pires Filho, diretor do Consellho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

“Como o Brasil é o maior produtor mundial e está presente como importante fornecedor de vários mercados consumidores, o crescimento do consumo na China certamente vai representar oportunidade de exportação”, afirmou Guilherme Braga à Macauhub.

Em média, o consumo chinês de café vai crescer de uma a duas xícaras por dia, de acordo com um estudo do encontro anual Guangzhou International Coffee Culture Show.

Faltam dados oficiais, mas estima-se que nos últimos anos o consumo tenha crescido cerca de 15% ao ano, conforme disse o vice-chairman da Câmara Americana de Comércio da China, James Zimmerman, ao site TeaCoffee Asia.

Como a China não tem grandes terrenos propícios ao cultivo do café, conforme aumenta o consumo (principalmente nos centros urbanos e entre chineses de 25 a 35 anos), a tendência é de crescimento nas importações.

Atualmente, a maior parte da produção chinesa de café vem da província de Yunnan (sudoeste, vizinha do Vietnã, terceiro maior produtor mundial), mas também há plantações nas províncias de Hainan (ilha, no sul), Fujian (sudeste) e Guangdong (sul).

A maneira chinesa de beber café pode ser um pouco peculiar – os chineses geralmente adicionam água ou leite ao café, e bebem durante a tarde, não de manhã -, mas com alguns ajustes, nomes internacionais têm rapidamente ganhado espaço no mercado chinês.

É o caso da rede norte-americana Starbucks, das marcas de café como a Nescafé, da suiça Nestlé, as italianas Illy e Lavazza, a alemã Tchibo, a Jamaica Blue Mountain coffees, a taiwanesa Shangda, a indonésia Yuanshuai Coffees, entre outras.

A Starbucks, que entrou na China em 1999, já tem 562 lojas na “Grande China” (incluindo Taiwan, Hong Kong e Macau). A Nestlé, que utiliza café local, entrou na China em meados da década de 1980 e é líder no mercado chinês de café solúvel.

(Leia a matéria completa no link macauhub:http://www.macauhub.com.mo/brasil/news.php?ID=35)
A foto abaixo é em Hong Kong.

Kung Hei Fat Choy!

É Ano Novo na China!

Fogos de artifício durante seis dias, o tempo todo. E infelizmente, I mean it!. É incrível. É irritante até para almas calmas como yo. Parece exagero meu, mas não, o exagero é deles. Com alguns poucos intervalos de madrugada, e só. Como eles podem gastar tanto dinheiro com isso? Afê.... Mas é cultura. E a gente respeita, né?

Aqui faz bastante frio, na China toda, na verdade.
Dizem que é o inverno mais frio em 50 anos....justo agora, meu Deus.

Hoje estou em Macau, aqui está tudo tranquilo.
A cidade está vazia, os cassinos estão lotados.



Camboja e Tailândia

Cheguei de uma viagem à Tailândia e ao Camboja no dia 29 de janeiro.

Lugares incríveis... me apaixonei pelo Camboja, país paupérrimo, de gente sofrida de guerra, de gente pura de amor. Empoeirado. Por onde andei, tudo era empoeirado. A cor das pessoas, um estilo sujo bronzeado, empoeirado.

E o Camboja guarda um tesouro no meio: o Angkor Wat. São templos e mais templos em ruínas, muitos deles já cobertos por selva. ( Um deles, cenário do filme da Angelina Jolie, Tomb Raider).

Bem no meio de um país que ainda tem 4,5 milhões de minas por explodir, o Angkor Wat é só paz.

Ouvi dizer que uma mistura de corrupção de políticos e empresários da aviação não deixa o país evoluir muito, não deixa fazer estradas. Assim, o Camboja é cheio de sofridos-puros-empoeirados, idosos bilionários que vão de avião até Siam Reap (a cidade do Angkor Wat) e mochileiros loucos como eu.

Sem dúvidas, nesta viagem ao Camboja vivi os momentos mais tensos da minha vida. Again, I mean it! Não sei se você já passou por isso, mas é aquela hora que você pensa: Meu Deus, vou morrer! Vou morrer AQUI, e ninguém vai ficar sabendo!

Isso porque para chegar ao Angkor - no estilo mochileiro, claro - é preciso cruzar alguma das fronteiras do país - no meu caso, com a Tailândia, que depois fui descobrir ser uma das mais perigosas do mundo - e ir de táxi até Siam Reap. Com pechincha, fica US$ 45 a viagem toda. Até aí, até vai. Mas quado você entra no tal do táxi, que não tem nenhuma identificação oficial (ou algo que pareça com uma, só pra te confortar um pouco), bem, aí a aventura começa. Aliás, oficial é uma palavra complicada no Camboja. Na própria alfândega, civis malandros vestidos de oficiais tentam vender um visto falso, não é o cúmulo? Bom, voltando à viagem: a estrada é de terra, com muita poeira, e é perigosíssima. O motorista não fala inglês. De repente, ele pára em frente a uma casa, de onde saem uns três homens (começo a rezar). Eles andam para perto do carro, conversam, olham o carro, olham dentro do carro, confabulam. E então eu já não consigo terminar o Pai-Nosso de tanto nervoso. Bom, mas se estou aqui escrevendo, é porque nada aconteceu, certo? Errado!! Brincadeira, certo sim. Um deles trouxe uma garrafa pet, abasteceu o carro e seguimos a viagem. Ufa... Paramos outras três vezes. Choveu, ventou, mas chegamos. Em Siam Reap, o motorista foi direto para um albergue, de onde suponho que ele ganhe uma comissão. O preço por noite era US$ 1. Com direito a rato no quarto e a transporte de tuk-tuk* para o Angkor Wat e para o centrinho turístico da cidade, por sinal, uma delícia de lugar.

* tuk-tuk é um meio de transporte asiático que tem variações de país para país. No Camboja, era uma moto com uma espécie de charrete. Na Indonésia e na China era uma moto com uma minúscula "carruagem", para duas pessoas. Alguns tuk-tuk têm a plaquinha de táxi em cima. Aliás, tenho várias histórias de táxi para contar, mas outro dia conto que esse asterisco já está virando outro post. Só uma curiosidade rápida: na Indonésia Táxi se escreve como se fala: "Taksi", não é o máximo?


Passamos cinco dias no Camboja...e não é que aquele lugarzinho acabou se tornando o meu top list de lugares mais especiais do mundo!?









Na Tailândia, passei por Bangcoc e pela ilha Koh Chang. Incríveis. Conto em outra oportunidade.