quinta-feira, 30 de outubro de 2008

It’s a candy!

In a few days, she will turn 22. This history is about her last birthday.

I woke up at 6am. I had to prepare for a chinese economy exam in the afternoon. There was this huge book to finish. One day before, I had an iddea: a special breakfast. We use to do it in Brazil. So i bought a basket, orange juice, coconut water, cakes, jelly, butter, breads, chesse and jam. It was all western items that I found in the markets in Macau. Except for major cities, it is not easy to find a supermarket as we are used to go in brazilian cities. I guess it must be the same in small cities here, but, unfortunately, I’ve never been to many places in my country. Actually, sometimes I feel I know more about the world than about Brazil. That hurts.


After buying all the food, I set everything in the basket and asked a portuguese friend, Rita, to let me hide it in her room - for one night only. When I woke up, at 6am, I had to woke her up too. She shared a room with a half portuguese-half chinese girl, Yuyu, that became one of my best friends latter. I brought the basket to my room, and, childish, started to make noise. I wanted to study, I had to. But you all might know than anything can become more important than studies, everyone is able to come up with several reasons to postpone lectures, it's a human natural gift, I guess. However, in this case, it was really an important event. I didn’t know how chinese people use to celebrate birthdays before. So I can say what I was planning - and did - was risky ("cultural matters" speaking). I did it anyway because after sharing a tiny room with her for three months, I had the feeling I already knew her. And I did.


I also bought a present. A plush toy. She was not like others. The chinese girls, from 20 to 27 years old, use to act like children sometimes. They dress children-themes pajamas, talk and walk like they were nine, or even five. I saw a documentary about chinese children, that use to stay 13 hours at school, so they don’t deeply and fully enjoy their childhood. When they grow up, they are more free, and it seems they are trying to rescue what they've “lost”. But she was different, she was more mature than the others, definitively. Later I kept myself thinking that maybe she had a mature behavior because of me. I am three years older, and brazilian. Induction maybe... as if she were trying to reflect me to facilitate our communication. But I am not sure about that. Maybe she was mature because of her home education. Once she told me her father was very open mind. When we first drunk beer together, she said she had drunk it once before, with him, at home. That’s not common in China. Not at all. Anyway, I bought her a plush toy.


At first, I thought it was a turtle. After being noisy for one hour, she finlly woke up. She saw the turtle, but when she opened the plastic bag it didn’t look like a turtle anymore, the head was too long, and there was no eyes, or ears, or nose, or mouth. It was beige and red. The round “body”: red, and the ”head”: beige. There was also a tie between the body and the head. I also wrote a card. Birthday card in both chinese and english. Then she saw the food. It was an overwhelming moment. Everything so strange for a person that used to drink tea with soup noodles and pieces of spicy beef for breakfast. I was anxious to show her how it would be in Brazil. I guess she will never forget it. I didn’t study that morning. We spent around three hours eating and looking for the Macau Tower from our window.


It was cloudy and happy.
Later we found out that the turtle was something else. Izumi, a japanese friend, a tiny, pretty and polite girl from Osaka, came to our room to see Poka. That's her name. Her english name, because I can't speak the chinese one. Izumi hold the turle upside down. We started to laugh... it seemed pornographic. And it was even funniest because it was Izumi, she would never do anything that could remember pornography. I don’t remember who, but one of us asked: What are you doing? Don’t hold it like that. Turn it up side down! She said: "What's wrong? (with the most naive face ever). -It’s a candy!", she argued. We laugh more, and more. And it made all sense. We felt stupid…and completely and deeply happy.'


I miss you, dear!





Cheescake de morango

Já faz quase cinco meses que cheguei da China.

Se a viagem foi boa, estar de volta é ainda melhor. O coração já doía demais. Os apuros, a saudade e todas as diferenças já estavam me deixando diferente. Sem perceber, fui me tornando uma pessoa diferente. Era hora de voltar. Quando cheguei e encontrei o Rodrigo e a minha família me esperando... ah, foi o momento mais feliz de todos.

E hoje sou diferente. Dia sim, dia não ainda me pego pensando, digerindo a China...como um delicioso cheesecake de morango.

Todo mundo pergunta por que eu não esperei até as Olimpíadas. Claro que eu queria ver os jogos. Agora quem sabe eu passo 2012 em Londres...

Abaixo, as três primeiras fotos são em Qindao, cidade das provas de vela nas Olimpíadas de Pequim, perto de Xangai. A última é em Guangzhou, no sul, na província de Cantão.

terça-feira, 11 de março de 2008

Only, lonely child

Hoje eu vim aqui para falar sobre três notícias que li.......

A primeira, sobre a política chinesa que só permite um filho por casal - one child policy. Em um artigo, um governante chinês descartou a idéia de rever a política, pelo menos pelos próximos 10 anos. A One Child Policy já vai fazer 30 anos em 2009. Hoje, não se pode ter mais de um filho em grandes cidades. Em áreas rurais geralmente pode, mas quando o primeiro filho é uma menina. (Globe and Mail.com - China's one-child limit to stay, at least for next decade - Official puts end to rumours that country was about to overhaul controversial policy, por Geofrey York) http://www.theglobeandmail.com/servlet/story/LAC.20080311.CHINA11/TPStory/TPInternational/Asia/

Alarme falso?

A segunda notícia "China falsifica ameaças terroristas" eu achei no site AlJazeera.net. É uma "resposta" a uma notícia veiculada um dia antes pela agência estatal chinesa Xinhua (Nova China). A Xinhu disse que a China impediu um ataque terrorista em um avião que ia de Xinjiang, região mulçumana do noroeste do país, para Lanzhou, capital da província de Gansu (centro). O AlJazeera.net diz que é tudo uma farsa para criar um clima de terrorismo e culpar os uigures (minoria turca) e outras minorias muçulmanas que vivem em atrito com o governo chinês.
(China 'falsified' terror plots - Al Jazeera English News) http://english.aljazeera.net/NR/exeres/3646DB06-E598-49CC-BF81-9F8A1E269D0E.htm
(China anuncia ter frustrado atentado planejado para Jogos Olímpicos - AFP)
http://afp.google.com/article/ALeqM5izRQzlBCOjLrAOepbzfB4-LspOOw

Trem mais luxuoso do mundo

A terceira é sobre o trem de 5 estrelas que vai ligar Beijing ao Tibet. Os planos são de início em no dia 1 de setembro. A viagem, com duração de cinco dias, será muito mais cara do que uma passagem de avião e a idéia é mesmo de admirar a paisagem, com bastante luxo.
(Five-star Beijing-Tibet train service to be launched after Olympics - Xinhua. Editor: Sun Yunlong)
http://news.xinhuanet.com/english/2008-03/09/content_7751430.htm

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Café com água

Pois é, o café está mesmo caindo no gosto dos chineses. Pena que é o café que tá caindo no gosto dos chineses e não os chineses que estão caindo no gosto do café. É que muitos deles gostam de café com água, então em muitos lugares o café servido é terrivelmente diluido em água, pode?

Mas já dá pra encontrar café bom, de qualidade, forte e sem ser diluido em água. Tanto aqui em Macau como em várias cidades da China.

Essa semana eu fiz um texto sobre café (abaixo) para a Macauhub e, quando pesquisava os dados e falava com gente do ramo, descobri algumas coisinhas interessantes:

- A Starbucks já tem mais de 560 lojas na China (incluindo Taiwan, Macau e Hong Kong)
- Os chineses consomem em 6 meses quase o mesmo tanto de café que o Brasil consome em 1 (uma) semana.
- Brasil, Colômbia e Vietnã são os maiores produtores de café do mundo
- A China produz, mas pouco. Na província de Yunnan, que é em cima do Vietnã, na ilha de Hainan (sul) e nas províncias de Fujian e Guangdong (tb no sul).
- No geral, os chineses não tomam café de manhã, como nós. Tomam mais no meio da tarde.


(saiu na Macauhub)
Café conquista os chineses e a China se vê obrigada a aumentar importações

O café tem conquistado cada vez mais chineses e há quem diga que tem começado a tomar o espaço do tradicional chá. Para o Brasil, essa tendência significa chance para exportar, defende Guilherme Braga Abreu Pires Filho, diretor do Consellho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

“Como o Brasil é o maior produtor mundial e está presente como importante fornecedor de vários mercados consumidores, o crescimento do consumo na China certamente vai representar oportunidade de exportação”, afirmou Guilherme Braga à Macauhub.

Em média, o consumo chinês de café vai crescer de uma a duas xícaras por dia, de acordo com um estudo do encontro anual Guangzhou International Coffee Culture Show.

Faltam dados oficiais, mas estima-se que nos últimos anos o consumo tenha crescido cerca de 15% ao ano, conforme disse o vice-chairman da Câmara Americana de Comércio da China, James Zimmerman, ao site TeaCoffee Asia.

Como a China não tem grandes terrenos propícios ao cultivo do café, conforme aumenta o consumo (principalmente nos centros urbanos e entre chineses de 25 a 35 anos), a tendência é de crescimento nas importações.

Atualmente, a maior parte da produção chinesa de café vem da província de Yunnan (sudoeste, vizinha do Vietnã, terceiro maior produtor mundial), mas também há plantações nas províncias de Hainan (ilha, no sul), Fujian (sudeste) e Guangdong (sul).

A maneira chinesa de beber café pode ser um pouco peculiar – os chineses geralmente adicionam água ou leite ao café, e bebem durante a tarde, não de manhã -, mas com alguns ajustes, nomes internacionais têm rapidamente ganhado espaço no mercado chinês.

É o caso da rede norte-americana Starbucks, das marcas de café como a Nescafé, da suiça Nestlé, as italianas Illy e Lavazza, a alemã Tchibo, a Jamaica Blue Mountain coffees, a taiwanesa Shangda, a indonésia Yuanshuai Coffees, entre outras.

A Starbucks, que entrou na China em 1999, já tem 562 lojas na “Grande China” (incluindo Taiwan, Hong Kong e Macau). A Nestlé, que utiliza café local, entrou na China em meados da década de 1980 e é líder no mercado chinês de café solúvel.

(Leia a matéria completa no link macauhub:http://www.macauhub.com.mo/brasil/news.php?ID=35)
A foto abaixo é em Hong Kong.

Kung Hei Fat Choy!

É Ano Novo na China!

Fogos de artifício durante seis dias, o tempo todo. E infelizmente, I mean it!. É incrível. É irritante até para almas calmas como yo. Parece exagero meu, mas não, o exagero é deles. Com alguns poucos intervalos de madrugada, e só. Como eles podem gastar tanto dinheiro com isso? Afê.... Mas é cultura. E a gente respeita, né?

Aqui faz bastante frio, na China toda, na verdade.
Dizem que é o inverno mais frio em 50 anos....justo agora, meu Deus.

Hoje estou em Macau, aqui está tudo tranquilo.
A cidade está vazia, os cassinos estão lotados.



Camboja e Tailândia

Cheguei de uma viagem à Tailândia e ao Camboja no dia 29 de janeiro.

Lugares incríveis... me apaixonei pelo Camboja, país paupérrimo, de gente sofrida de guerra, de gente pura de amor. Empoeirado. Por onde andei, tudo era empoeirado. A cor das pessoas, um estilo sujo bronzeado, empoeirado.

E o Camboja guarda um tesouro no meio: o Angkor Wat. São templos e mais templos em ruínas, muitos deles já cobertos por selva. ( Um deles, cenário do filme da Angelina Jolie, Tomb Raider).

Bem no meio de um país que ainda tem 4,5 milhões de minas por explodir, o Angkor Wat é só paz.

Ouvi dizer que uma mistura de corrupção de políticos e empresários da aviação não deixa o país evoluir muito, não deixa fazer estradas. Assim, o Camboja é cheio de sofridos-puros-empoeirados, idosos bilionários que vão de avião até Siam Reap (a cidade do Angkor Wat) e mochileiros loucos como eu.

Sem dúvidas, nesta viagem ao Camboja vivi os momentos mais tensos da minha vida. Again, I mean it! Não sei se você já passou por isso, mas é aquela hora que você pensa: Meu Deus, vou morrer! Vou morrer AQUI, e ninguém vai ficar sabendo!

Isso porque para chegar ao Angkor - no estilo mochileiro, claro - é preciso cruzar alguma das fronteiras do país - no meu caso, com a Tailândia, que depois fui descobrir ser uma das mais perigosas do mundo - e ir de táxi até Siam Reap. Com pechincha, fica US$ 45 a viagem toda. Até aí, até vai. Mas quado você entra no tal do táxi, que não tem nenhuma identificação oficial (ou algo que pareça com uma, só pra te confortar um pouco), bem, aí a aventura começa. Aliás, oficial é uma palavra complicada no Camboja. Na própria alfândega, civis malandros vestidos de oficiais tentam vender um visto falso, não é o cúmulo? Bom, voltando à viagem: a estrada é de terra, com muita poeira, e é perigosíssima. O motorista não fala inglês. De repente, ele pára em frente a uma casa, de onde saem uns três homens (começo a rezar). Eles andam para perto do carro, conversam, olham o carro, olham dentro do carro, confabulam. E então eu já não consigo terminar o Pai-Nosso de tanto nervoso. Bom, mas se estou aqui escrevendo, é porque nada aconteceu, certo? Errado!! Brincadeira, certo sim. Um deles trouxe uma garrafa pet, abasteceu o carro e seguimos a viagem. Ufa... Paramos outras três vezes. Choveu, ventou, mas chegamos. Em Siam Reap, o motorista foi direto para um albergue, de onde suponho que ele ganhe uma comissão. O preço por noite era US$ 1. Com direito a rato no quarto e a transporte de tuk-tuk* para o Angkor Wat e para o centrinho turístico da cidade, por sinal, uma delícia de lugar.

* tuk-tuk é um meio de transporte asiático que tem variações de país para país. No Camboja, era uma moto com uma espécie de charrete. Na Indonésia e na China era uma moto com uma minúscula "carruagem", para duas pessoas. Alguns tuk-tuk têm a plaquinha de táxi em cima. Aliás, tenho várias histórias de táxi para contar, mas outro dia conto que esse asterisco já está virando outro post. Só uma curiosidade rápida: na Indonésia Táxi se escreve como se fala: "Taksi", não é o máximo?


Passamos cinco dias no Camboja...e não é que aquele lugarzinho acabou se tornando o meu top list de lugares mais especiais do mundo!?









Na Tailândia, passei por Bangcoc e pela ilha Koh Chang. Incríveis. Conto em outra oportunidade.