terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Kung Hei Fat Choy!

É Ano Novo na China!

Fogos de artifício durante seis dias, o tempo todo. E infelizmente, I mean it!. É incrível. É irritante até para almas calmas como yo. Parece exagero meu, mas não, o exagero é deles. Com alguns poucos intervalos de madrugada, e só. Como eles podem gastar tanto dinheiro com isso? Afê.... Mas é cultura. E a gente respeita, né?

Aqui faz bastante frio, na China toda, na verdade.
Dizem que é o inverno mais frio em 50 anos....justo agora, meu Deus.

Hoje estou em Macau, aqui está tudo tranquilo.
A cidade está vazia, os cassinos estão lotados.



Camboja e Tailândia

Cheguei de uma viagem à Tailândia e ao Camboja no dia 29 de janeiro.

Lugares incríveis... me apaixonei pelo Camboja, país paupérrimo, de gente sofrida de guerra, de gente pura de amor. Empoeirado. Por onde andei, tudo era empoeirado. A cor das pessoas, um estilo sujo bronzeado, empoeirado.

E o Camboja guarda um tesouro no meio: o Angkor Wat. São templos e mais templos em ruínas, muitos deles já cobertos por selva. ( Um deles, cenário do filme da Angelina Jolie, Tomb Raider).

Bem no meio de um país que ainda tem 4,5 milhões de minas por explodir, o Angkor Wat é só paz.

Ouvi dizer que uma mistura de corrupção de políticos e empresários da aviação não deixa o país evoluir muito, não deixa fazer estradas. Assim, o Camboja é cheio de sofridos-puros-empoeirados, idosos bilionários que vão de avião até Siam Reap (a cidade do Angkor Wat) e mochileiros loucos como eu.

Sem dúvidas, nesta viagem ao Camboja vivi os momentos mais tensos da minha vida. Again, I mean it! Não sei se você já passou por isso, mas é aquela hora que você pensa: Meu Deus, vou morrer! Vou morrer AQUI, e ninguém vai ficar sabendo!

Isso porque para chegar ao Angkor - no estilo mochileiro, claro - é preciso cruzar alguma das fronteiras do país - no meu caso, com a Tailândia, que depois fui descobrir ser uma das mais perigosas do mundo - e ir de táxi até Siam Reap. Com pechincha, fica US$ 45 a viagem toda. Até aí, até vai. Mas quado você entra no tal do táxi, que não tem nenhuma identificação oficial (ou algo que pareça com uma, só pra te confortar um pouco), bem, aí a aventura começa. Aliás, oficial é uma palavra complicada no Camboja. Na própria alfândega, civis malandros vestidos de oficiais tentam vender um visto falso, não é o cúmulo? Bom, voltando à viagem: a estrada é de terra, com muita poeira, e é perigosíssima. O motorista não fala inglês. De repente, ele pára em frente a uma casa, de onde saem uns três homens (começo a rezar). Eles andam para perto do carro, conversam, olham o carro, olham dentro do carro, confabulam. E então eu já não consigo terminar o Pai-Nosso de tanto nervoso. Bom, mas se estou aqui escrevendo, é porque nada aconteceu, certo? Errado!! Brincadeira, certo sim. Um deles trouxe uma garrafa pet, abasteceu o carro e seguimos a viagem. Ufa... Paramos outras três vezes. Choveu, ventou, mas chegamos. Em Siam Reap, o motorista foi direto para um albergue, de onde suponho que ele ganhe uma comissão. O preço por noite era US$ 1. Com direito a rato no quarto e a transporte de tuk-tuk* para o Angkor Wat e para o centrinho turístico da cidade, por sinal, uma delícia de lugar.

* tuk-tuk é um meio de transporte asiático que tem variações de país para país. No Camboja, era uma moto com uma espécie de charrete. Na Indonésia e na China era uma moto com uma minúscula "carruagem", para duas pessoas. Alguns tuk-tuk têm a plaquinha de táxi em cima. Aliás, tenho várias histórias de táxi para contar, mas outro dia conto que esse asterisco já está virando outro post. Só uma curiosidade rápida: na Indonésia Táxi se escreve como se fala: "Taksi", não é o máximo?


Passamos cinco dias no Camboja...e não é que aquele lugarzinho acabou se tornando o meu top list de lugares mais especiais do mundo!?









Na Tailândia, passei por Bangcoc e pela ilha Koh Chang. Incríveis. Conto em outra oportunidade.

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